sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Acidentes com animais venenosos e peçonhentos, típicos do verão, podem ser evitados

O número de acidentes dessa natureza aumenta no verão, diz secretaria da saúde 


O número de acidentes com animais peçonhentos ou venenosos, como lagartas urticantes, aranhas armadeiras e águas-vivas é maior no verão, quando há grande procura por lazer junto à natureza. O Centro de Informações Toxicológicas (CIT), da Fundação Estadual de Produção e Pesquisa em Saúde (FEPPS), vinculado à Secretaria Estadual da Saúde, explica que o calor favorece a proliferação desses agentes e garante que cuidados simples podem evitar acidentes.
O que fazer para evitar acidentes
  • Sacuda e examine calçados e roupas antes de usar;
  • Mantenha limpos os locais próximos às residências (evite acúmulo de lixo, entulhos e materiais de construção).
  • Não coloque mãos e pés em buracos, montes de pedra ou lenha.
  • Use sempre calçados e luvas nas atividades rurais.
  • Utilize telas e vedantes em portas e janelas.
  • Crie aves domésticas (predadores naturais) em zonas rurais.
  • Evite contato com lagartas, olhando atentamente para folhas ou troncos de árvores antes de encostá-los.
  • Atente para a presença de águas-vivas e caravelas no local de banho.
O que fazer em caso de acidente
  • Procure a unidade de saúde mais próxima.
  • Ligue 0800.721.3000 - Plantão do CIT/RS, funciona 24 horas e orienta sobre os primeiros socorros e onde obter soro.
  • Imobilize o membro atingido e mantenha-o em posição elevada.
  • Não fure, corte, esprema, faça sucção ou torniquete.
  • Nos acidentes provocados por água-viva, use água do mar no local de contato até receber auxílio médico.
Principais animais peçonhentos ou venenosos "de verão"
 
Animais peçonhentos e venenosos possuem toxinas, a diferença é que os peçonhentos têm estruturas especializadas (dentes, ferrões, aguilhões) para inoculação destas toxinas.
ANIMAIS AQUÁTICOS: os acidentes mais importantes ocorrem com águas-vivas e caravelas. São animais simples, de estrutura circular, com tentáculos capazes de injetar veneno por um microaguilhão que dispara quando são tocados. O quadro clínico inclui ardência e dor intensa no local atingido. Podem ocorrer manifestações menos localizadas: nos casos mais graves há relatos de dor de cabeça, mal-estar, náuseas, vômitos, espasmos musculares, febre, arritmias cardíacas, quadros urticariformes e erupções recorrentes.
ARANHA-MARROM: marrom-avermelhada com abdome em forma de azeitona, 1 cm de corpo e 3 cm de envergadura. Vive sob casca de árvores e em residências. Não é agressiva. No momento da picada há pouca dor, mas 12 a 24 horas após, ocorrem bolhas e escurecimento da pele (necrose) no local da picada.
ARANHA ARMADEIRA: marrom-acinzentada, 3 cm de corpo e até 15 cm de envergadura. Não faz teia. Habita terrenos baldios, sob casca de árvores e dentro de residências. É extremamente agressiva. A picada causa reação local com dor intensa e imediata.
ARANHA DE JARDIM: acinzentada, com desenho em forma de seta no abdome, 2 a 3 cm de corpo e de 5 a 6 cm de envergadura. Habita campos e gramados e não é agressiva. No local da picada pode ocorrer leve descamação da pele.
ESCORPIÃO-PRETO: possui hábitos noturnos e, durante o dia, esconde-se sob cascas de árvores, pedras e dentro de domicílios, principalmente em sapatos. Medem de 5 a 7 cm. Seu veneno é pouco tóxico e pode causar dor local ou reações alérgicas.
LAGARTAS (sinônimos: lagarta urticante, ruga, marandová, bicho-cabeludo e taturana): São larvas de insetos. Algumas são urticantes e provocam reação imediata ao contato de ardência e edema (inchaço). Acidentes envolvendo lagartas do gênero Lonomia (cor marrom-esverdeada, cerdas verdes em formato de "pinheirinho", listras de coloração castanho-escuro ao longo do corpo, mede até 7 cm) podem provocar alterações na coagulação do sangue. Os sinais e sintomas aparecem em até três dias após o acidente. Elas podem ser encontradas em árvores como o cedro, ipê, figueiras, abacateiro, pessegueiro, seringueira, entre outras.
SERPENTES (COBRAS)
As serpentes peçonhentas, com exceção da Coral Verdadeira, possuem como característica principal a presença da fosseta loreal, que é um orifício encontrado entre o olho e a narina. As demais não são peçonhentas.
JARARACA: marrom-esverdeada, com desenhos semelhantes a um "V" invertido, corpo delgado medindo cerca de 1m. Encontrada em vegetação rasteira, em todo o Estado. Causa muita dor e edema (inchaço) no local da picada. Pode haver sangramento.
CRUZEIRA: marrom escura, possui desenhos em forma de gancho de telefone, mede cerca de 1,5 metro. Encontrada em vegetação rasteira, perto de rios e lagos ou em plantações. Causa muita dor e edema (inchaço) no local da picada. Pode haver sangramento.
CORAL VERDADEIRA: possui anéis vermelhos, pretos e brancos ao redor do corpo. Mede entre 70 e 80 cm. Ocorre em todo o território do Estado. Se esconde em buracos, montes de lenha e troncos de árvores. Não é agressiva.

Autor: Assessoria de Comunicação Social 
Fonte: Secretaria Estadual da Saúde 

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