MERO - O SENHOR DAS ROCHAS
Epinephelus itajara um peixe marinho da família Serranidae que habita águas tropicais e subtropicais do oceano Atlântico. É uma espécie de peixe que habita zonas estuarinas (manguezais) e áreas costeiras, por isso, costumam ser encontrados em manguezais e costões rochosos, próximos de naufrágios, pilares de pontes e parcéis. A espécie é muito vulnerável à pesca, pois possui taxas de crescimento lento, atingem grandes tamanhos, agregam-se para a reprodução, maturam sexualmente tardiamente e são territorialistas.
O Mero também conhecido como Senhor das Pedras seu formato é arredondado e chega a ultrapassar dois metros de comprimento. Porém ao se aproximar, você se depara com um peixe, que apesar de sua imponência, permite que as mãos humanas passeiem por sua pele escamosa. Suas principais características são:
• Vive até 100m de profundidade.
• Pode viver 40 anos.
• Atinge mais de 2m de comprimento.
• Começam a reproduzir com 1,1 a 1,2 metros de comprimento e com 4 a 7 anos de idade.
• Agregam-se perto da Foz de grandes rios em épocas e locais conhecidos com a finalidade de encontrarem parceiros para a reproduzir.
• Gostam muito de comer lagostas.
Meros adultos e principalmente os juvenis estão presentes nos mangues dentro de estuários. Estudos sobre a espécie em geral são escassos. Porém, já é verificado em outras regiões estudadas (ex.: Golfo do México) que a biologia da espécie possui características que tornam a população altamente susceptível a sobrepesca e depleção rápida do estoque. Cerca de um quarto dos pontos de agregação conhecidos foram totalmente eliminados.
Em uma avaliação preliminar ficou caracterizado que na Baía de Babitonga (SC), onde o peixe já foi estudado sistematicamente, os Meros são capturados predominantemente de duas formas: espinhel de fundo e pesca subaquática. Presumi-se, entretanto, que a pesca submarina está contribuindo consideravelmente com a depleção e extermínio dos agregados reprodutivos. Entretanto a grande vulnerabilidade destes grandes peixes faz com que o impacto de cada pescador na população seja devastador. Em contrapartida, bons exemplos são encontrados entre os praticantes da pesca subaquática esportiva. Trata-se de um peixe que encanta mergulhadores, dos iniciantes aos mais experientes.
Mesmo tratando-se de uma espécie de peixe ameaçada de extinção, pouco conhecimento científico está disponível sobre as populações de Epinephelus itajara ocorrentes no Brasil. Apenas é constatado o desaparecimento gradual destes peixes de locais onde antes eram abundantes. Não se sabe exatamente o número exato de indivíduos e o total em biomassa que tem sido capturado anualmente. A causa mais provável dos drásticos declínios é a pressão forte da pesca em agregados reprodutivos. Quando um grande núMero de peixes normalmente dispersos, são concentrados em áreas e em horas previsíveis, são altamente vulneráveis a sobre-pesca. Sua taxa de crescimento lenta, vida longa, e grande tamanho de maturação sexual fazem desta espécie muito vulnerável, diminuindo a variabilidade genética.
Esta espécie vem recebendo atenção de pesquisadores em todo o oceano Atlântico em função de seu status de conservação, classificado como criticamente ameaçado (IUCN, 2006). Há mais de dez anos protegida da pesca em todo o Golfo do México, somente em 2002 é que esta espécie, recebeu a proteção de uma moratória específica no Brasil (IBAMA, portaria nº 121 de 20 de setembro de 2002). Com isso, se tornou a primeira espécie de peixe marinho a receber uma portaria específica que estabelece a moratória da pesca pelo período de 5 anos, nos quais existe a prioridade da realização de estudos mais aprofundados. A portaria 42/2007 do Ibama prorrogou por mais cinco anos a proibição da captura do Mero.
As informações sobre este importante peixe constam inseridas na cultura de algumas comunidades de pescadores, que ao utilizarem os recursos naturais do ambiente onde vivem, acumulam o conhecimento sobre a espécie e seu ambiente.
Diante da falta quase que absoluta de conhecimento sobre a bioecologia do Mero no Brasil, percebe-se que é fundamental recorrer ao conhecimento ecológico de pescadores como subsídio à pesquisa e conservação desta espécie. E esta é uma das propostas do projeto Meros do Brasil.
AMEAÇAS
A maior ameaça ao Mero é provavelmente o homem, desde que é um peixe excelente como alimento, sua carne é deliciosa e branca. São também peixes fáceis de pescar, utilizando-se de uma variedade de artefatos (armadilhas, linhas de mão, redes de emalhe e arbalete de pressão).
Os Meros são peixes que vivem cerca de 40 anos, crescem devagar e demoram a iniciar atividade reprodutiva. Quando você retira um animal tão grande do mar, o papel que este peixe representava no ambiente vai demorar para ser novamente exercido por outro peixe. Isto quer dizer que aquele indivíduo vai fazer muita falta dentro do ambiente. Outro problema é o fato dos Meros agregarem-se, isto é, reunirem-se em datas e locais conhecidos pelos pescadores. Quando estão juntos tornam-se ainda mais vulneráveis.
Não há muitas informações sobre seus predadores naturais, porém tubarões atacam juvenis em linhas de espinhéis armadas em torno dos mangues. Outros Serranídeos, barracudas e moréias alimentam-se provavelmente de juvenis (Sadovy et al., 1999). Entretanto, uma vez alcançado a maturidade, poucos predadores podem se alimentar devido seu tamanho e natureza discreta (GMFMC, 2001)
BIOLOGIA
Mero: Ephinephelus itajara : Membro da família Serranidae é o maior dos representantes no Atlântico podendo chegar ao peso máximo de aproximadamente 455 kg e são marcados visivelmente por seus cabeça lisa e larga, espinhos dorsais curtos, olhos pequenos e dentes caninos. Sua cor varia de marrom amarelado à azeitona, com os pontos escuros pequenos na cabeça, no corpo e nas barbatanas.
Os machos tendem a mudar a cor ao cortejar. Quanto mais peixes estiverem reunidos, mais intensas são as interaçães entre os indivíduos (Sadovy et al., 1999). Os Meros são predadores situados em níveis superiores da cadeia trófica, alimentam-se principalmente de crustáceos, lagostas e caranguejos (GMFMC, 2001). Juvenis alimentam-se de camarões, caranguejos e bagres marinhos. Partes de polvos, tartarugas e outros peixes também foram encontrados (Sadovy et al., 1999). Notavelmente, adultos podem viver aproximadamente 30 anos de idade (26 para machos, 37 para fêmeas). Se a população fosse deixada intacta, Meros poderiam viver acima de quarenta anos de idade (NOAA NMFS, 2001).
O maior problema enfrentado pelo mero é a falta de dados exatos inerentes à biologia da espécie.
Curiosidades
• Diminuição do tamanho médio da população sentida já em 1970.
• A pesca sub representa a principal causa no declínio dos meros no Golfo do México. No Brasil, ainda não temos informações suficientes que venham reforçar esta situação para nosso litoral.
• No Golfo do México encontra-se extinto como recurso pesqueiro.
• Padrões simples de gerenciamento não foram suficientes para conter o declínio no Golfo do México.
• Em águas federais do EUA, no caso de captura acidental, devem ser imediatamente liberados.
ONDE ESTÃO OS MEROS
Vale lembrar que o projeto "Meros do Brasil" visa a preservação da espécie e de seus ambientes associados - os manguezais, os recifes de corais e os ambientes rochosos. Costões Rochosos são os ambientes marinhos habitados pelos Meros principalmente no Sudeste e Sul do Brasil. O Mero Epinephelus itajara foi batizado por um pesquisador alemão que esteve no Brasil no século XIX, segundo uma denominação Tupi-Guarani (ita= pedras; jara=senhor). O nome é referência ao alto nível ocupado pelos Meros na cadeia trófica marinha e por seus hábitos crípticos de viver em grandes tocas dentre as rochas.
O bioma Mata Atlântica é muito importante no ciclo de vida de muitas espécies
marinhas, como o Mero. A vegetação de manguezal na interface com a água do estuário e vegetação de Mata Atlântica (floresta ombrófila) é um ambiente propício a espécie. Raízes dos manguezais são adequados para os jovens Meros e outros peixes e crustáceos se protegerem nas fases iniciais da vida. Recifes de Corais também são os ambientes marinhos habitados pelos Meros principalmente no Norte e Nordeste do Brasil. Além do Mero, uma enorme diversidade de organismos habita estes que são os ambientes marinhos de maior biodiversidade.
Em São Francisco do Sul, também em Santa Catarina, os locais de ocorrência destes peixes são conhecidos, e operadoras de mergulho são muito beneficiadas deste fato. Exatamente na época de alta temporada (verão), quando turistas de todo o Brasil, deslocam-se para o litoral catarinense, é que Meros agregam-se para a reprodução. O turismo submarino voltado para este peixe é cada vez mais procurado. Um bom exemplo desta prática está ocorrendo no litoral do Paraná (Parque do Meros - http://www.scubasul.com.br ) e também está sendo iniciado na Bahia, onde mergulhadores tem um contato seguro e informativo com os meros presentes nestas regiões.
Pouquíssimos são os locais onde as condições em que se encontram as populações de Meros e a previsibilidade de ocorrência espacial e temporal permitem o contato direto com o animal. Esta é uma maneira sadia e educativa de utilizar este recurso.
MEROS NO MUNDO
O Mero é encontrado geralmente em águas tropicais e subtropicais no Oceano Atlântico da Flórida ao Brasil (até Santa Catarina), ao longo de todo o golfo do México e em partes dos Caribes (Sadovy et al., 1999). Geralmente estão distribuídos em águas tropicais, mornas-quentes-temperadas, perto de naufrágios, rochas submersas, recifes de corais e outros substratos duros. O Mero também é encontrado próximo às Bermudas (embora raro), no Pacífico oriental do golfo da Califórnia ao Peru (chegando provavelmente através do canal de Panamá), no Atlântico oriental de Senegal ao Congo (também raros). Uma vez abundantes em torno das costas da Flórida e partes do golfo do México, hoje são vistos raramente (Sadovy et al., 1999). Existe um consenso em que o Mero foi sempre prolifico também fora de ambas as costas da Flórida, onde cientistas descobriram otólitos em comunidades pesqueiras pré-históricas (Sadovy et al., 1999). O Mero aprecia abrigos: furos, cavernas, recifes e naufrágios. São encontrados principalmente em águas rasas, baías e estuários nos Everglades, Baía da Flórida e Florida Keys. Juvenis procuram abrigos em mangues, enquanto adultos em torno de naufrágios mais afastados da costa. Grupos de juvenis as vezes formam cardumes em torno de naufragios e recifes em profundidades de aproximadamente 45m, mas a maioria são encontrados em torno dos habitats rasos inshore como mangues e canais pouco oxigenados.
No golfo de México, o acasalamento atinge o pico entre julho e setembro (Sadovy et al., 1999). Agregam em locais específicas em números de até 100 indivíduos.
Uma vez comum em águas fora da Florida e do Golfo do México há trinta anos, nenhum agregado foi observado fora da costa do leste da Florida nos últimos 25 anos. Agregados de até 150 peixes caíram a aproximadamente 10 em 1989 na parte oriental do Golfo do México. Entre 1979 e 1994 não houve nenhuma observação visual da espécie no parque nacional de Biscayne, Florida à Dry Tortugas e Florida Keys (Sadovy et al., 1999).
Na Flórida, o Mero está sendo monitorado a alguns anos por pesquisadores.
Desde 1994, estudos em populações de Meros no Golfo do México têm conduzido à observações de agregados reprodutivos de Meros com aproximadamente 50 indivíduos a cada verão. Os cientistas têm trabalhado desde 1997 recolhendo dados de abundância de juvenis e de adultos, distribuição, idade, crescimento e uso do habitat, marcando e recapturando Meros. Estes estudos visam compreender padrões sazonais de migração e revelar informações sobre a utilização do habitat (NMFS/SEFSC). Com a ajuda de pescadores e mergulhadores, cientistas estão levantando dados de ocorrência de Meros.
O Mero também conhecido como Senhor das Pedras seu formato é arredondado e chega a ultrapassar dois metros de comprimento. Porém ao se aproximar, você se depara com um peixe, que apesar de sua imponência, permite que as mãos humanas passeiem por sua pele escamosa. Suas principais características são:
• Vive até 100m de profundidade.
• Pode viver 40 anos.
• Atinge mais de 2m de comprimento.
• Começam a reproduzir com 1,1 a 1,2 metros de comprimento e com 4 a 7 anos de idade.
• Agregam-se perto da Foz de grandes rios em épocas e locais conhecidos com a finalidade de encontrarem parceiros para a reproduzir.
• Gostam muito de comer lagostas.
Meros adultos e principalmente os juvenis estão presentes nos mangues dentro de estuários. Estudos sobre a espécie em geral são escassos. Porém, já é verificado em outras regiões estudadas (ex.: Golfo do México) que a biologia da espécie possui características que tornam a população altamente susceptível a sobrepesca e depleção rápida do estoque. Cerca de um quarto dos pontos de agregação conhecidos foram totalmente eliminados.
Em uma avaliação preliminar ficou caracterizado que na Baía de Babitonga (SC), onde o peixe já foi estudado sistematicamente, os Meros são capturados predominantemente de duas formas: espinhel de fundo e pesca subaquática. Presumi-se, entretanto, que a pesca submarina está contribuindo consideravelmente com a depleção e extermínio dos agregados reprodutivos. Entretanto a grande vulnerabilidade destes grandes peixes faz com que o impacto de cada pescador na população seja devastador. Em contrapartida, bons exemplos são encontrados entre os praticantes da pesca subaquática esportiva. Trata-se de um peixe que encanta mergulhadores, dos iniciantes aos mais experientes.
Mesmo tratando-se de uma espécie de peixe ameaçada de extinção, pouco conhecimento científico está disponível sobre as populações de Epinephelus itajara ocorrentes no Brasil. Apenas é constatado o desaparecimento gradual destes peixes de locais onde antes eram abundantes. Não se sabe exatamente o número exato de indivíduos e o total em biomassa que tem sido capturado anualmente. A causa mais provável dos drásticos declínios é a pressão forte da pesca em agregados reprodutivos. Quando um grande núMero de peixes normalmente dispersos, são concentrados em áreas e em horas previsíveis, são altamente vulneráveis a sobre-pesca. Sua taxa de crescimento lenta, vida longa, e grande tamanho de maturação sexual fazem desta espécie muito vulnerável, diminuindo a variabilidade genética.
Esta espécie vem recebendo atenção de pesquisadores em todo o oceano Atlântico em função de seu status de conservação, classificado como criticamente ameaçado (IUCN, 2006). Há mais de dez anos protegida da pesca em todo o Golfo do México, somente em 2002 é que esta espécie, recebeu a proteção de uma moratória específica no Brasil (IBAMA, portaria nº 121 de 20 de setembro de 2002). Com isso, se tornou a primeira espécie de peixe marinho a receber uma portaria específica que estabelece a moratória da pesca pelo período de 5 anos, nos quais existe a prioridade da realização de estudos mais aprofundados. A portaria 42/2007 do Ibama prorrogou por mais cinco anos a proibição da captura do Mero.
As informações sobre este importante peixe constam inseridas na cultura de algumas comunidades de pescadores, que ao utilizarem os recursos naturais do ambiente onde vivem, acumulam o conhecimento sobre a espécie e seu ambiente.
Diante da falta quase que absoluta de conhecimento sobre a bioecologia do Mero no Brasil, percebe-se que é fundamental recorrer ao conhecimento ecológico de pescadores como subsídio à pesquisa e conservação desta espécie. E esta é uma das propostas do projeto Meros do Brasil.
AMEAÇAS
A maior ameaça ao Mero é provavelmente o homem, desde que é um peixe excelente como alimento, sua carne é deliciosa e branca. São também peixes fáceis de pescar, utilizando-se de uma variedade de artefatos (armadilhas, linhas de mão, redes de emalhe e arbalete de pressão).
Os Meros são peixes que vivem cerca de 40 anos, crescem devagar e demoram a iniciar atividade reprodutiva. Quando você retira um animal tão grande do mar, o papel que este peixe representava no ambiente vai demorar para ser novamente exercido por outro peixe. Isto quer dizer que aquele indivíduo vai fazer muita falta dentro do ambiente. Outro problema é o fato dos Meros agregarem-se, isto é, reunirem-se em datas e locais conhecidos pelos pescadores. Quando estão juntos tornam-se ainda mais vulneráveis.
Não há muitas informações sobre seus predadores naturais, porém tubarões atacam juvenis em linhas de espinhéis armadas em torno dos mangues. Outros Serranídeos, barracudas e moréias alimentam-se provavelmente de juvenis (Sadovy et al., 1999). Entretanto, uma vez alcançado a maturidade, poucos predadores podem se alimentar devido seu tamanho e natureza discreta (GMFMC, 2001)
BIOLOGIA
Mero: Ephinephelus itajara : Membro da família Serranidae é o maior dos representantes no Atlântico podendo chegar ao peso máximo de aproximadamente 455 kg e são marcados visivelmente por seus cabeça lisa e larga, espinhos dorsais curtos, olhos pequenos e dentes caninos. Sua cor varia de marrom amarelado à azeitona, com os pontos escuros pequenos na cabeça, no corpo e nas barbatanas.
Os machos tendem a mudar a cor ao cortejar. Quanto mais peixes estiverem reunidos, mais intensas são as interaçães entre os indivíduos (Sadovy et al., 1999). Os Meros são predadores situados em níveis superiores da cadeia trófica, alimentam-se principalmente de crustáceos, lagostas e caranguejos (GMFMC, 2001). Juvenis alimentam-se de camarões, caranguejos e bagres marinhos. Partes de polvos, tartarugas e outros peixes também foram encontrados (Sadovy et al., 1999). Notavelmente, adultos podem viver aproximadamente 30 anos de idade (26 para machos, 37 para fêmeas). Se a população fosse deixada intacta, Meros poderiam viver acima de quarenta anos de idade (NOAA NMFS, 2001).
O maior problema enfrentado pelo mero é a falta de dados exatos inerentes à biologia da espécie.
Curiosidades
• Diminuição do tamanho médio da população sentida já em 1970.
• A pesca sub representa a principal causa no declínio dos meros no Golfo do México. No Brasil, ainda não temos informações suficientes que venham reforçar esta situação para nosso litoral.
• No Golfo do México encontra-se extinto como recurso pesqueiro.
• Padrões simples de gerenciamento não foram suficientes para conter o declínio no Golfo do México.
• Em águas federais do EUA, no caso de captura acidental, devem ser imediatamente liberados.
ONDE ESTÃO OS MEROS
Vale lembrar que o projeto "Meros do Brasil" visa a preservação da espécie e de seus ambientes associados - os manguezais, os recifes de corais e os ambientes rochosos. Costões Rochosos são os ambientes marinhos habitados pelos Meros principalmente no Sudeste e Sul do Brasil. O Mero Epinephelus itajara foi batizado por um pesquisador alemão que esteve no Brasil no século XIX, segundo uma denominação Tupi-Guarani (ita= pedras; jara=senhor). O nome é referência ao alto nível ocupado pelos Meros na cadeia trófica marinha e por seus hábitos crípticos de viver em grandes tocas dentre as rochas.
O bioma Mata Atlântica é muito importante no ciclo de vida de muitas espécies
marinhas, como o Mero. A vegetação de manguezal na interface com a água do estuário e vegetação de Mata Atlântica (floresta ombrófila) é um ambiente propício a espécie. Raízes dos manguezais são adequados para os jovens Meros e outros peixes e crustáceos se protegerem nas fases iniciais da vida. Recifes de Corais também são os ambientes marinhos habitados pelos Meros principalmente no Norte e Nordeste do Brasil. Além do Mero, uma enorme diversidade de organismos habita estes que são os ambientes marinhos de maior biodiversidade.
Em São Francisco do Sul, também em Santa Catarina, os locais de ocorrência destes peixes são conhecidos, e operadoras de mergulho são muito beneficiadas deste fato. Exatamente na época de alta temporada (verão), quando turistas de todo o Brasil, deslocam-se para o litoral catarinense, é que Meros agregam-se para a reprodução. O turismo submarino voltado para este peixe é cada vez mais procurado. Um bom exemplo desta prática está ocorrendo no litoral do Paraná (Parque do Meros - http://www.scubasul.com.br ) e também está sendo iniciado na Bahia, onde mergulhadores tem um contato seguro e informativo com os meros presentes nestas regiões.
Pouquíssimos são os locais onde as condições em que se encontram as populações de Meros e a previsibilidade de ocorrência espacial e temporal permitem o contato direto com o animal. Esta é uma maneira sadia e educativa de utilizar este recurso.
MEROS NO MUNDO
O Mero é encontrado geralmente em águas tropicais e subtropicais no Oceano Atlântico da Flórida ao Brasil (até Santa Catarina), ao longo de todo o golfo do México e em partes dos Caribes (Sadovy et al., 1999). Geralmente estão distribuídos em águas tropicais, mornas-quentes-temperadas, perto de naufrágios, rochas submersas, recifes de corais e outros substratos duros. O Mero também é encontrado próximo às Bermudas (embora raro), no Pacífico oriental do golfo da Califórnia ao Peru (chegando provavelmente através do canal de Panamá), no Atlântico oriental de Senegal ao Congo (também raros). Uma vez abundantes em torno das costas da Flórida e partes do golfo do México, hoje são vistos raramente (Sadovy et al., 1999). Existe um consenso em que o Mero foi sempre prolifico também fora de ambas as costas da Flórida, onde cientistas descobriram otólitos em comunidades pesqueiras pré-históricas (Sadovy et al., 1999). O Mero aprecia abrigos: furos, cavernas, recifes e naufrágios. São encontrados principalmente em águas rasas, baías e estuários nos Everglades, Baía da Flórida e Florida Keys. Juvenis procuram abrigos em mangues, enquanto adultos em torno de naufrágios mais afastados da costa. Grupos de juvenis as vezes formam cardumes em torno de naufragios e recifes em profundidades de aproximadamente 45m, mas a maioria são encontrados em torno dos habitats rasos inshore como mangues e canais pouco oxigenados.
No golfo de México, o acasalamento atinge o pico entre julho e setembro (Sadovy et al., 1999). Agregam em locais específicas em números de até 100 indivíduos.
Uma vez comum em águas fora da Florida e do Golfo do México há trinta anos, nenhum agregado foi observado fora da costa do leste da Florida nos últimos 25 anos. Agregados de até 150 peixes caíram a aproximadamente 10 em 1989 na parte oriental do Golfo do México. Entre 1979 e 1994 não houve nenhuma observação visual da espécie no parque nacional de Biscayne, Florida à Dry Tortugas e Florida Keys (Sadovy et al., 1999).
Na Flórida, o Mero está sendo monitorado a alguns anos por pesquisadores.
Desde 1994, estudos em populações de Meros no Golfo do México têm conduzido à observações de agregados reprodutivos de Meros com aproximadamente 50 indivíduos a cada verão. Os cientistas têm trabalhado desde 1997 recolhendo dados de abundância de juvenis e de adultos, distribuição, idade, crescimento e uso do habitat, marcando e recapturando Meros. Estes estudos visam compreender padrões sazonais de migração e revelar informações sobre a utilização do habitat (NMFS/SEFSC). Com a ajuda de pescadores e mergulhadores, cientistas estão levantando dados de ocorrência de Meros.
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